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sábado, 8 de maio de 2010

Errar é humano (sem dúvida, só nós escrevemos)

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Faço ideia como deve ser esse curso. Provavelmente, ensinam todas as matérias, menos português. Os alunos podem ter se saído bem nas provas, mas esse cartaz não ficou nada excelente.

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Ainda bem que é inglês. Agora a tradução deve ficar muito a desejar, a não ser que seja para espanhol, francês ou qualquer outro idioma, menos o nosso. Aliás, a crase é sem dúvida uma das maiores fontes de erros cometidos pelos brasileiros. Pelo menos uma regra não é difícil de ser decorada: nunca há crase antes de palavra masculina. Só falta não saber quando a palavra é masculina ou feminina, aí já é demais.

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Olha a crase aí de novo… no lugar errado. Podiam usar um pouco desse dinheiro para pagar um bom curso de português. Quando o “a” está no singular e a palavra seguinte no plural, não há crase. Ou se cometeriam dois erros. Explico. Para haver crase, é necessária a presença do artigo e da preposição. Ora, o artigo sempre concorda o substantivo. Portanto, no caso, deveria ser “as entidades”, mas como se escolheu não usar o artigo, não há porque usar acento indicativo de crase.

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Aqui os erros estão abundantes. Se o preço é único, como pode estar entre 19,90 e 99,90? Então não é único, já que são vários. E observem a crase de novo. Capricharam colocaram até o “A” bem grande. Deve ser pra chamar a atenção. Não há crase quando se fala faixa de números, pois apenas a preposição é requerida.

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Nesse caso, o português vai a reboque. Mais uma vez, guincho é palavra masculina. Deviam ter colocado uma placa com sinal de proibido crase também.

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Aqui temos quatro mortes. Além das três pessoas, morreu também o português. Mesmo caso da palavra no plural e o “a” no singular.

Pra finalizar, deixo uns versos de uma música:

“Errar não é humano, depende de quem erra,

Esperamos pela vida, vivendo só de guerra*”

 

* A guerra para aprender nosso idioma.

domingo, 2 de maio de 2010

Vamos acentuar as coisas

Primeiro uma definição: apenas os monossílabos átonos não são acentuados. Todas as outras palavras são. Dependendo da sílaba acentuada, as palavras são classificadas em oxítona, paroxítona ou proparoxítona. Entretanto, apenas algumas delas levam o acento gráfico.

Suponho que você já saiba o que é oxítona. Por isso, a primeira regra é essa: as oxítonas terminadas em “a”, “e” e “o” recebem o acento gráfico, seguidas ou não de “s”. Por lógica, as paroxítonas terminadas com essas vogais não levam o acento gráfico. Se prosseguirmos na lógica, as outras duas vogais “i” e “u” estiverem no fim de uma palavra paroxítona, essa levará o acento gráfico. Já as oxítonas terminadas em “i” e “u” não.
Com essa regra, eliminamos boa parte das dúvidas sobre acentuação. A segunda regra é a do hiato. Quando se tem duas vogais juntas na palavras, mas em sílabas separas, coloca-se um acento gráfico na vogal solitária, se essa for “i” ou “u”. Exceção a essa regra é quando essas vogais são seguidas de “nh” ou quando acompanhadas de outra letra que não um “s”.
E tem explicação pra isso? Claro. Esse acento gráfico serve para que se pronuncie o hiato e o ditongo seja evitado. Por exemplo, dizemos caule (ditongo), mas saúde (hiato).
E por falar em ditongo, algumas palavras  terminam em ditongo. Por exemplo a palavra “comparação”. Se a sílaba tônica for a última, despensa-se o acento gráfico. Caso seja a penúltima, ela levará o acento gráfico (órgão).
Bem, essa é apenas uma ajuda para trilharmos os caminhos da acentuação gráfica. Ainda teremos outros artigos sobre o assunto, aguardem

terça-feira, 27 de abril de 2010

Comparação de acentos

Muita gente tem dúvida em acentuação gráfica, ainda bem que a maioria das palavras não são graficamente acentuadas. Um bom recurso na hora de usar o acento gráfico (daqui pra frente chamado de AG) é fazer uma comparação. Por exemplo, se sabemos que abacaxi não tem AG, e também sabemos que é oxítona, então, nenhuma oxítona terminada em "i" terá AG, como podemos observar em camaçari, caqui ou saci. Vai aqui uma dica: cuidado com o hiato. Se terminar com "i", mas for hiato, tem acento, como em açaí ou Gravataí.

Da mesma forma, continuando na comparação, se as oxítonas terminadas em "i" não levam AG, então, as paroxítonas o terão. Veja o caso de biquíni ou Garibáldi.
Essa comparação pode ser feita com qualquer grupo de palavras. O que mais importante é saber se a palavra é oxítona, paroxítona ou proparoxítona, ou seja, pelo menos devemos saber a sua pronúncia.
Espero que essa dica sirva para ajudar na compreensão desse tema da língua portuguesa.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Urubu não tem acento, então não acentue seus pares!

embu Está acontecendo uma corrente de pessoas que querem acentuar as oxítonas terminadas em “u”. Vale lembrar a regra: acentuam-se as oxítonas terminadas em “a”, “e” e “o”. Por exemplo: café, xodó e carcará.

Isso deve vir de alguma influência do espanhol, no idioma dos vizinhos as oxítonas em u são acentuadas. Isso costuma acontecer mais com nomes ou apelidos, Cadú, Bagú e também nomes de cidades como Embú, que obviamente não tem acento.

A exceção vem dos hiatos como baú, por exemplo. Mas fica por aí. Ainda escreverei sobre como o brasileiro trata mal seu idioma. E isso acontece porque não temos referência. A maioria das pessoas fala e escreve errado, portanto, acabamos por repetir os mesmos erros. Somos traídos pelos ouvidos.